Rombo com produtos piratas é enorme

Rio – A pirataria pode ser vista como uma doença contagiosa que precisa ser erradicada o mais rápido possível. Porém, para que isso ocorra, é necessário que a fiscalização seja forte em todos os setores, principalmente nas fronteiras, aeroportos, rodoviárias e portos.

Para se ter uma ideia, em 2015, segundo o Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade, as empresas viram cerca de R$ 80 bilhões escorregarem entre os dedos através de vendas feitas pelas lojas virtuais de produtos falsificados e pirateados; em 2016, esse valor bateu a marca de R$ 100 bilhões, causando rombo para as empresas e aos cofres públicos.

É claro que o momento de recessão por que o país vem passando e os preços mais em conta dos produtos piratas contribuem para o aumento de vendas desses artigos.

Com a pirataria, dois milhões de empregos deixam de ser criados. Estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas revelou que a informalidade no Brasil é tão grande que supera a economia de muitos países da América Latina.

Além da fiscalização, campanhas educativas seriam bem-vindas. Elas poderiam ser feitas através da distribuição de cartilhas e palestras nas escolas, o que contribuiria para a conscientização dos futuros consumidores. É importante que as pessoas lembrem que o péssimo hábito de comprar produtos sem procedência é prática passível de detenção; isso sem contar o grande prejuízo que ela provoca ao comércio legalizado e ao trabalhador.

A pirataria é também um crime contra os direitos autorais, já que a comercialização de CDs, DVDs, eletrônicos e brinquedos é ilegal; sem contar a falsificação de produtos como tênis, roupas, relógios, óculos e bebidas.

Para piorar, pesquisa do IBGE comprovou que 93,8% dos entrevistados compram produtos piratas e tem consciência de que isso é ilegal. A sondagem revelou que o preço é o que mais pesa na hora da compra do produto por jovens, embora saibam da ilegalidade.

É preciso que os consumidores sejam cada vez mais conscientes de que a compra desses produtos traz prejuízo para a economia e, consequentemente, para a sociedade. Faço aqui um convite para que nós, consumidores conscientes, deixemos de lado a prática da compra de piratas e ilegais. O Rio agradece, e o país também.

Sobre o autor: Dionísio Lins é presidente da Comissão Antipirataria da Alerj

Fonte: O Dia


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