Meta deve pagar R$ 910 milhões por infringir patente de app de vídeos

A Meta, empresa que detém o Facebook, Instagram e WhatsApp, acaba de ganhar uma dor de cabeça milionária. A big tech chefiada por Mark Zuckerberg foi condenada a pagar a quantia de US$ 175 milhões para o Voxer, aplicativo de mensagens de áudio, por infringir uma patente. A decisão, analisada por um júri, já havia saído em setembro de 2022, porém, a Meta tentou recorrer da decisão recentemente. A solicitação, todavia, foi negada.

A companhia de tecnologia tentou se livrar da dívida milionária acionando um juiz federal a fim de que este revesse o caso e rejeitasse a decisão do júri ou oferecesse à Meta um novo julgamento. Contudo, após análises, os requerimentos da empresa de Zuckerberg foram negadas pelo profissional e, no fim das contas, a big tech terá que pagar os royalties ao Voxer por copiar a tecnologia desenvolvida pelo app e utilizá-la para lançar o Facebook Live e o Instagram Live.

De acordo com o site Ars Techcnica, em sua decisão, o juiz Lee Yeakel, responsável pelo caso, afirmou que há evidências substanciais para validar a decisão do júri sobre a quebra de patente e que o valor estipulado para ressarcir o Voxer é justo e reforçado por evidências suficientes. A Meta pode apelar da decisão novamente, mas ainda não ficou claro que a empresa o fará.

Entenda o caso

De acordo com o Voxer, a empresa começou a desenvolver sua tecnologia em 2006 e tinha como objetivos criar um app que comportasse live-messaging e video-streaming e que melhorasse as comunicações durante conflitos (o recurso foi criado pelo veterano do exército norte-americano Tom Katis, que queria uma forma de se comunicar sem interrupções ou falhas). Isso tudo evoluiu para o o walkie-talkie app Voxer, oficialmente lançado em 2011.

A novidade foi tão bem recebida pelo mercado que chamou a atenção do Facebook, que marcou reuniões com a diretoria do Voxer em 2012 a fim de adquirir o serviço. Porém, logo após compartilhar suas ideias e patente, o Voxer foi “jogado para fora” do acordo e o Facebook revogou o acesso da empresa à plataforma. Após o fato, a rede social lançou o Facebook Live em 2015 e o Instagram Live em 2016.

Fonte: Tecmundo Imagem: Olhar Digital


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