Meta apresenta ferramenta para rivalizar com ChatGPT

Companhia de Mark Zuckerberg apresenta a LLaMA, modelo de linguagem ainda em fase de testes, baseada em inteligência artificial.

A Meta apresentou uma ferramenta de pesquisas para a construção de chatbots e outros produtos baseados em inteligência artificial. A proposta é criar buzz em um território que vem despertando muito interesse de outras empresas, como Google e Microsoft, por conta da popularização do ChatGPT.

A ferramenta, chamada LLaMA, é mais recente iniciativa da Meta na área dos modelos de linguagem “e se mostrou muito promissora na geração de textos, conversas, resumos de materiais e tarefas mais complicadas, como a solução de teoremas matemáticos ou a previsão de estruturar de proteínas”, de acordo com o explicado por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, em um posto feito no Instagram.

Por enquanto, a LLaMA não está sendo utilizada nos produtos da Meta, o que inclui Facebook e Instagram, de acordo com um porta-voz. A companhia pretende disponibilizar a tecnologia para pesquisadores de inteligência artificial.

“A Meta está comprometida com esse sistema aberto de pesquisas”, escreveu Zuckerberg.

Grandes modelos de linguagem são sistemas massivos de inteligência artificial que absorvem enormes fluxos de textos digitais – de artigos jornalísticos, posts nas redes sociais e outras fontes da internet – e usam esse material para treinar o software que prevê e gera conteúdo por conta própria quando recebe uma solicitação ou consulta. Os modelos podem ser usados para tarefas como escrita de redações, composição de tuítes, geração de conversas em chatbots e sugestao de códigos de programação.

A tecnologia se tornou popular – e controversa – nos últimos meses, a medida em que mais companhias começaram a construí-los e introduzir testes de produtos baseados nesses modelos, destacando um novo território de competição para as gigantes de tecnologia.

A Microsoft está investindo bilhões na OpenAI, fabricante do GPT-3, grande modelo de linguagem por trás do ChatGPT. A fabricante revelou no início deste mês uma versão teste de seu buscador, o Bing, com a tecnologia da OpenAI, o que levantou preocupação imediata a respeito de eventuais respostas inapropriadas.

O Google tem um modelo chamado de LaMDA (em inglês, Language Model for Dialogue Applications). A líder de buscas e de publicidade online está testando um produto de pesquisas baseado em chat e em inteligência artificial chamado Bard, que também apresentou algumas falhas.

A Meta lançou, anteriormente, um modelo de linguagem chamado OPT-175B, mas o LLaMa é um sistema mais novo e avançado. Outro modelo da Meta lançado no ano passado, chamado Galactica, foi rapidamente retirado depois que os pesquisadores descobriram que ele compartilhava rotineiramente informações tendenciosas e imprecisas com quem o utilizava.

Zuckerberg fez da inteligência artificial uma prioridade da companhia, frequentemente falando sobre a importância de melhorar os produtos da empresa em teleconferências de resultados e em entrevistas. Apesar de, por enquanto, a LLaMA não ser utilizada nos produtos da Meta, é possível que isso mude no futuro. A Meta depende de inteligência artificial para várias de suas funções, incluindo moderação de conteúdo e ranqueamento do que aparece no feed dos usuários.

Tornar a LLaMA um modelo de código aberto permite que as pessoas de fora vejam com mais clareza como o sistema trabalha, ajustando-o de acordo com suas necessidades e colaborando com projetos relacionados.

Fonte: Meio e Mensagem Imagem: Olhar Digital


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