Empresas precisam ficar atentas ao uso não autorizado de marcas no Metaverso, diz CEO Márcio Menegatti

Na avaliação de Márcio Menegatti, especialista em propriedade intelectual, as corporações estão se posicionado de forma estratégica no metaverso. Saiba mais. (Imagem: Unsplash/Minh Pham)

Ainda pouco palpável para o público em geral, o metaverso, aos poucos, vai sendo povoado por algumas das empresas mais conhecidas do mundo. E não é por qualquer motivo.

Multinacionais como Nike (NIKE), Ralph LaurenHermèsBurberryBalenciaga e Gucci, entre outras marcas renomadas, estão atuando no novo espaço digital não apenas para promover seus produtos, mas também para se proteger contra falsificações.

Em linhas gerais, o metaverso é um espaço coletivo, 3D e digital, composto pela soma de realidade virtual, realidade aumentada e internet. Neste ambiente, algumas das maiores corporações do mundo estão desenvolvendo novas possibilidades de comunicação e interação.

“Estamos vivendo um momento de grande transformação. O metaverso é uma nova realidade onde o mundo real converge interativamente para o digital”, explica Márcio Menegatti, especialista em propriedade intelectual e CEO da Província, empresa especializada no registro de marcas e patentes.

Na avaliação de Menegatti, as corporações estão se posicionado de forma estratégica, tentando antecipar padrões de consumo que devem funcionar no ambiente digital.

Além disso, o especialista destaca que as empresas estão investindo na plataforma com a máxima cautela para assegurar os direitos sobre marcas e patentes.

Grandes corporações

Um caso interessante é o da Hermès, que acusou um artista de copiar um de seus modelos de bolsas mais famosos para vender como NFT

A Nike, por exemplo, solicitou registro de marca para uso em produtos virtuais nos Estados Unidos, aumentando sua territorialidade para além das fronteiras físicas.

Ainda mais ativa no metaverso, a Gucci vendeu uma bolsa no videogame “Roblox” por 350 mil Robux – moeda virtual do jogo, cujo montante equivale a R$ 22 mil.

A Balenciaga, por sua vez, vendeu itens de sua coleção para servir de skins (visual alternativo) e acessórios dos avatares dos jogadores do videogame “Fortnite”.

Um caso interessante é o da Hermès, que acusou um artista de copiar um de seus modelos de bolsas mais famosos para vender como NFT (sigla para “token não fungível”, em português).

“A empresa não autorizou a comercialização. Então, este é o tipo de cuidado que os negócios precisam ter no metaverso. Como ainda não há legislação específica sobre o assunto, podem ocorrer casos de uso indevido de imagem, marca, símbolos, assim como falsificações”, sinaliza Menegatti.

Dessa forma, por precaução, o especialista recomenda que as empresas busquem auxílio jurídico antes de se aventurar na rede de mundos virtuais.

“Isso pode ajudar a evitar problemas como o uso não autorizado da marca ou eventuais plágios”, indica Menegatti.

Fonte : Money Times Imagem : IUGU / Money Times


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