Empresa alerta para golpes do registro de marcas

É triste ter que escrever um conteúdo para alertar sobre GOLPES e AMEAÇAS em relação ao registro de marca das empresas, porém, é necessário ficar muito atento, pois temos conhecimento, periodicamente, de empresas que são ameaçadas e chegam a ser chantageadas! Leia e não seja mais uma vítima, conhecer os golpes de registro de marcas é o primeiro passo para não cair nessas armadilhas!

Infelizmente temos constatado no mercado de registro de marcas e patentes muitos casos de golpes e ameaças por parte de pessoas que não medem esforços para extorquir dinheiro usando a inocência e falta de conhecimento de empresas idôneas.

Inclusive, o próprio Instituto Nacional da Propriedade Intelectual – INPI, que é o ÚNICO órgão no Brasil responsável por registro de marcas e patentes, alerta, em seu site, sobre o assunto.

Silvia Martins, especialista em registro de marcas e patentes e fundadora das empresas Martins & Fernandes Marcas e Patentes e Registre Fácil, alerta e relata alguns tipos de golpes e ameaças para você ficar atento e repassar a informação a todos que atendem ao telefone na sua empresa:

GOLPE 1: OUTRA EMPRESA VAI REGISTRAR SUA MARCA

Alguém entra em contato, em geral, dizendo ser representante do INPI ou utilizando nomes de empresas que dão um ar de seriedade e que remetem a empresas responsáveis por registro de marcas, como: Agência Nacional de Registro de Marcas; Assessoria Brasileira de Registro de Marcas; Órgão INPI; Agência INPI; entre outros similares.

Na ligação a pessoa informa que recebeu um pedido de registro da mesma marca da sua empresa por parte de outra empresa, porém, como sua empresa está há mais tempo no mercado, tem prioridade, mas, para que eles possam “segurar” essa prioridade, é preciso pagar um valor para garantir o registro da marca, do contrário, sua marca será concedida a outra empresa e você não poderá atuar mais no mercado, perdendo todo seu investimento.

Naturalmente, seja por meio de transferência bancária ou boleto bancário falso, esse valor não existe oficialmente, ou seja, não é um valor pago ao INPI, então, você vai pagar, a empresa vai sumir e sua marca não vai ser registrada, além disso, sequer existia outra empresa requerendo sua marca.

GOLPE 2: OUTRA EMPRESA JÁ REGISTROU SUA MARCA

Caso a primeira tentativa não dê certo, depois de um tempo é muito possível que eles entrem em contato novamente dizendo que, àquela época do primeiro contato, quando você não quis efetuar o pagamento para segurar o registro da sua marca, outra empresa registrou sua marca. O grau de profissionalismo no golpe é tão grande que eles chegam a enviar CNPJ e CPF de “laranjas” ou simplesmente documentos falsos para comprovar que outra empresa registrou a sua marca, assim, alegam que é possível reverter o processo, pois o pedido ainda está em avaliação e como sua empresa tem mais tempo de uso da marca, pode conseguir a marca de volta. E, claro, para isso, é necessário pagar aquela famosa taxa inicial “fantasma”.

GOLPE 3 – SUA MARCA FOI REGISTRADA, AGORA PRECISA PAGAR POR ISSO

Sim, eles são muito profissionais e ficam de olho quando o INPI publica seu processo de marcas e patentes registradas. Como essa publicação é obrigatória por lei, de interesse público, qualquer cidadão pode ter acesso. Pois bem, os golpistas acompanham as publicações e, assim que sai o registro da sua marca, eles enviam, por e-mail ou SMS, boletos bancários falsos, como se fossem do INPI, com taxas que variam entre R$ 190,00 a R$ 280,00 para arcar com as despesas da publicação da marca. Como você viu que a marca foi realmente publicada e que o boleto se refere a isso, você paga, mas, esse boleto não é do INPI, o órgão cobra uma taxa inicial para o requerimento do registro da marca, para a publicação nacional o INPI não cobra nenhuma taxa.

GOLPE 4 – SEU PROCESSO VAI SER INTERROMPIDO

Aqui os falsários entram em contato informando que seu processo de registro de marca poderá ser interrompido a qualquer momento, pois uma marca mais antiga está requerendo sua marca e, como a outra empresa tem mais tempo de mercado, poderá conseguir que seu pedido seja interrompido e indeferido. A solução? Claro, pagar uma taxa para que sua marca não seja perdida!

É desesperador e muito fácil cair em qualquer um desses golpes porque os golpistas são convincentes, têm boa oratória e utilizam termos técnicos e fala rebuscada, o que dá um caráter de seriedade ao golpe. Porém, é muito importante não entrar em desespero.

É como o golpe do cartão de crédito. Alguém liga dizendo que é da central de atendimento do seu banco e fala que está sendo feita, naquele momento, uma compra no valor de tantos mil Reais no seu cartão de crédito e, caso não seja você, basta digitar no teclado do telefone a senha ou CPF para o cancelamento da compra. No desespero, sem pensar, é isso que você faz e por um sistema conhecido por “chupa cabra”, eles conseguem pegar seus dados digitados e efetuar compras com seu cartão.

É preciso ter cabeça fria. Então, o que fazer nessas horas? No caso do cartão de crédito, por exemplo, não digitar ou falar qualquer número de documento pessoal ou senha, agradecer e informar que vai checar com seu banco. E é isso que tem que fazer, ligar para a sua agência bancária, falar com seu gerente e pedir para ele verificar o tal débito.

No caso dos golpes de registro de marcas, idem. O primeiro passo é ter cabeça fria, agradecer, dizer que vai avaliar e retornar mais tarde ou pedir para ligarem em alguns dias. Enquanto isso, consulte uma empresa especializada em registro de marcas e ela lhe auxiliará corretamente. Você também pode enviar um e-mail ao INPI relatando o ocorrido e pedindo um posicionamento sobre seu processo de registro de marcas.

“A única ação que não dever ser feita, de forma alguma, é realizar qualquer pagamento de imediato sem antes checar a veracidade das informações”, explica Silvia Martins.

Uma vez que seu pedido esteja em andamento junto ao INPI, somente o próprio INPI ou a empresa que você contratou para cuidar do registro de sua marca poderão lhe orientar corretamente.

Confira também: Registrar nome da empresa

Fonte: G1


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