Brasil terá primeira Indicação Geográfica de vinhos tropicais do mundo

Vale do São Francisco será o pioneiro em vinificação comercial nessa região do globo

O Vale do São Francisco será a primeira região tropical do mundo a receber o selo de Indicação Geográfica para a produção de vinhos finos e espumantes. “Essa será a primeira Indicação de Procedência (IG) de vinhos de regiões tropicais do mundo, utilizando o modelo estrutural similar às Indicações Geográficas adotadas por renomados produtores da União Europeia”, destaca o pesquisador da Embrapa Giuliano Pereira.

O trabalho de caracterização da região, necessário para enquadrar o cultivo e produção de vinho como uma IG, foi feito em uma parceria entre a Embrapa Uva e Vinho do Rio Grande do Sul com a Embrapa Semiárido, estabelecida em Pernambuco. Contou ainda com a ajuda de mais de quarenta profissionais como pesquisadores, professores, técnicos e estudantes, que trabalharam em conjunto para entender o funcionamento da vitivinicultura na região tropical e aprimorar a produção e qualidade dos vinhos.

A transformação na área em uma Indicação Geográfica é uma antiga demanda do Instituto do Vinho do Vale do São Francisco – o Vinhovasf. João Gualberto de Freitas Almeida, presidente do órgão, destaca que em 2002, quando foi lançado a primeira IG no Brasil, já havia a ideia de levar o selo para o nordeste, “Participei do lançamento em Bento Gonçalves (RS) e lá mesmo já havia manifestado o interesse para que os nossos vinhos fossem estudados e reconhecidos. ”

As regiões tropicais possuem características únicas para a viticultura e produção de vinho. Seu clima permite duas podas e duas safras anuais e o resultado é um vinho geralmente frutado, de baixo teor alcóolico e acidez moderada. No Vale do São Francisco os espumantes predominam com três milhões de litros produzidos anualmente contra 1,5 milhão de litros dos vinhos tranquilos.

A Indicação Geográfica Vale do São Francisco autoriza a produção de vinhos tranquilos brancos, rosés ou tintos e espumantes brancos ou rosés que podem ser bruts, demi-secs ou moscatéis. A uva para a produção do vinho tem que ser 100% proveniente da região delimitada e são autorizadas 23 castas diferentes.


Fonte: RevitaAdega | Clipping: LDSOFT
Foto: Wikimidia


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