Em meados de 2010, o brasileiro Paulo Gannam, 36, ouviu queixas de seus parentes sobre o quanto as lixas para as unhas eram incômodas e nada anatômicas na hora de dar brilho e nivelar a superfície das unhas. Muito grossas e largas, essas lixas acabavam gerando atrito e vermelhidão na pele logo acima da cutícula, além de não possibilitarem a angulação necessária para atingir as áreas desejadas com eficácia.
Outra reclamação era de que nenhum acessório feito para higienizar e embelezar as unhas conseguia reunir muitas funções sem perder a discrição e praticidade para caber em bolsas e estojos, obrigando os usuários a comprarem mais de um tipo lixa para realizar o serviço completo. “A maioria das lixas ou não têm formato anatômico ideal, ou não conseguem, por exemplo, polir o contorno das unhas e as superfícies com eficiência”, avalia o inventor.
Esta simples constatação levou Gannam a conceber uma lixa para unhas inédita no mercado, cujo pedido de patente foi protocolado no segundo semestre de 2011 no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). O produto é composto por duas extremidades arredondadas e finas, que lembram o formato de uma espátula, feitas para polir, nivelar e dar brilho à superfície das unhas. Já entre as pontas, no cabo dessa lixa, há uma superfície ligeiramente circular dotada de material com dois ou mais graus de aspereza para lixar o contorno das unhas.
Segundo ele, o invento agrega diversos benefícios, incluindo maior eficiência no ato de lixar devido ao formato específico que atingirá bem as áreas desejadas, sem risco de esfoliações da pele em volta, com excelente custo-benefício. “Além do formato sofisticado, o usuário pode usar o grau de aspereza que melhor lhe convir num único acessório”, acrescenta.
Após um longo e custoso processo administrativo, o inventor teve sua carta-patente deferida na última semana, e acredita que o produto possa ser de grande valia para fabricantes de lixa e acessórios para as unhas que estejam buscando novas soluções para incorporar em seu portfólio de produtos.
“A patente oferece à empresa investidora vários benefícios, como exclusividade de produção e comercialização do produto por até 20 anos, livre de concorrência, mais valor agregado e valorização de seu patrimônio intangível”, garante.
Paulo já desenvolveu as primeiras versões, em fase de prova de conceito, e tem interesse em fechar parceria de licenciamento com empresas do setor de cosméticos e beleza que sejam capazes de desenvolver os produtos finais e lançá-los no mercado. Para quem quiser conhecer mais sobre o trabalho do inventor clique aqui:
https://paulogannam.wordpress.com/
https://www.linkedin.com/in/paulo-gannam-89b1b051/
FONTE: Meio Ambiente Rio